segunda-feira, 18 de abril de 2016

Simulacros e simulação

Ao perder-se a fluidez dos atos, a instantaneidade do abraço, o apertar de mãos e o calor dos afetos, cria-se um simulacro de relação. Contatos corrompidos têm dificuldade de subsistir, uma vez que consistem em mero contrato para o bem-estar coletivo. Este disfarce sujeita a supressão das diferenças e estabelece uma ordem gregária de afeto ilusório. Simular estima e apreço enregela o íntimo do coração. As palavras saem entrecortadas e o riso queda preso. Convívio contrafeito não é benéfico. Não existe simulacro de carinho. A genuína benquerença é indissimulável.

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